quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Presentes de Deus

Pessoas...entram e saem de nossas vidas...nos trazendo emoção...
Algumas passam por nós somente...umas esbarram...e outras se cravam em nosso coração...
Elas são... os amigos que conhecemos, aprendemos a amar... a respeitar...a entender...e nos dão motivação...
Surpreendentemente...enlaçam nossas almas... e passamos a fazer parte delas também...temos de certa forma alguma ligação...
Assim são as amizades...os amigos....sinceros e amáveis, que ganhamos do Nosso Querido Pai Celestial...que por nós tem compaixão...
Uns são passageiros....outros perduram por mais tempo...mas todos deixam saudades....deixam preciosa lição...
Elisabete Lauriano
 Votorantim/SP
nov/2011

Pra Você

PARA VOCÊ
Palavras Chaves: Você , Para
[Sugerir uma Palavra Chave] 
 
enviado por minha irmã e amiga:
Valéria Mariz
nov/11
sosrecados,com/recados_253.htm

terça-feira, 29 de novembro de 2011

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Palavra Sagrada Salmo 46

Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente nas tribulações.
Portanto não temeremos ainda que a terra se transtorne, e os montes se abalem no seio dos mares;
ainda que as águas tumultuem e espumejem, e na sua fúria os montes se estremeçam.
Há um rio, cujas correntes alegram a cidade de Deus, o santuário das moradas do Altíssimo.
Deus está no meio dela: jamais será abalada; Deus a ajudará desde antemanhã.
Bramam nações, reinos se abalam; ele faz ouvir a sua voz e a terra se dissolve.
O Senhor dos Exércitos está conosco; o Deus de Jacó é o nosso refúgio.
Vinde, contemplai as obras do Senhor, que assolações efetuou  na terra.
Ele põe termo à guerra até aos confins do mundo, quebra o arco e despedaça a lança; queima os carros no fogo.
Aquietai-vos, e sabei que eu sou Deus; sou exaltado entre as nações, sou exaltado na terra.
O Senhor dos Exércitos está conosco; o Deus de Jacó é o nosso refúgio.

Giuseppe Verdi

Compositor italiano
10 de outubro de 1813, Roncole, mais tarde chamada Roncole Verdi, (Itália)
27 de janeiro de 1901, Milão (Itália)
Da Página 3 Pedagogia & Comunicação
[creditofoto]
Giuseppe Verdi retratado pelo pintor Giovanni Boldini (1886)
Verdi nasceu em uma família humilde. Depois de revelar interesse pela música, ganhou do pai uma espineta (antigo instrumento de teclado e corda, semelhante ao cravo), comprada com grande sacrifício. Aos 12 anos já era o organista da igreja de sua cidade natal.

Sob a proteção do comerciante Barezzi, que lhe financiará os estudos, segue para Milão. Apesar de ser recusado pelo Conservatório, graças a Barezzi estuda com professores particulares. Mais tarde, casará com a filha de seu mecenas, Margherita, com quem terá dois filhos. Os três morrerão poucos depois de 1840.

Buscando reconstruir sua vida, Verdi alcança ruidoso sucesso com a ópera Nabuco, em 1842. O enredo, que relata o conflito entre assírios e judeus, incendiou a imaginação do povo italiano, que encontrou semelhanças entre os judeus e a sua própria luta contra a opressão austríaca. A música de Verdi acompanharia a transformação da península italiana em Estado independente, livre e unitário.

Até aquele momento, a ópera italiana era dominada por Rossini, Donizetti e Bellini, cujas composições permitiam aos cantores exibir seus talentos em árias espetaculares. Verdi, no entanto, estava mais preocupado com os aspectos dramáticos da ópera. Por exemplo, ao dirigir Macbeth, sua ópera de 1847, ele pede uma cantora "de voz algo rude, rouca e triste, com algo de diabólico em si" para fazer o papel de Lady Macbeth, e não a soprano já escolhida, que apenas sabia cantar com perfeição.
 

Romantismo singular

As óperas Rigoletto (1851), Il Trovatore (1853) e La Traviata (1853) foram os maiores sucessos de Verdi e são até hoje as mais representadas no mundo inteiro.

A crítica reagiu contra essa extraordinária popularidade, considerando as três obras como vulgares, inspiradas por um falso romantismo, mas não percebeu, contudo, a riqueza da invenção melódica e os elementos realistas: nas óperas, até então ocupadas por personagens mitológicos ou históricos, Verdi dá vida a um corcunda (Rigoletto) e a uma prostituta (em La Traviata). Em termos de valor estritamente musical, o quarteto do último ato de Rigoletto e o prelúdio instrumental do último ato de La Traviata são trechos geniais.

O romantismo de Verdi é singular: ele crê na capacidade redentora do amor, tem simpatia pelos humilhados e ofendidos, protesta contra as injustiças e concede aos finais um caráter profundamente trágico.

A qualidade das obras iniciais se repetirá nos trabalhos da maturidade: Un ballo in mascheraLa forza del destino e Don Carlo (uma sombria ópera histórica).

Para a abertura do canal de Suez foi encomendada a Verdi a ópera Aida (1871), um de seus grandes triunfos. Na velhice, ele comporá um Réquiem (1874) - música apaixonada e mística, feita em homenagem a seu grande amigo, o romancista e poeta Alessandro Manzoni -, a ópera Otello (seu trabalho mais trágico) e Falstaff, quase uma ópera-bufa, o olhar irônico de um gênio que se despede da vida.

As últimas obras de Verdi são quatro peças sacras: Ave MariaStabat Mater,Laudi e Te Deum. No seu testamento, o compositor deixou sua grande fortuna a uma fundação para ajudar músicos pobres.
 
Enciclopédia Mirador Internacional e Música clássica, de John Stanley (Editora Livros & Livros)

Frederic Chopin

Compositor polonês
01/03/1810, Zelazowa Wola, Polônia
17/10/1849, Paris, França
Da Página 3 Pedagogia & Comunicação
[creditofoto]
Frederic Chopin era filho do professor francês Nicolas Chopin, que dava aulas de francês e literatura francesa, e da pianista polonesa Justina Krazizanovska. Dez meses após o seu nascimento, a família foi morar em Varsóvia, onde transitava entre os nobres e a burguesia.

Chopin teve uma infância culta. Aos seis anos passou a ter um professor de piano, Adalbert Zwini, que lhe apresentou as obras de Bach e Mozart.

Seu primeiro concerto público ocorreu quando ele tinha oito anos. Na mesma época viu publicada sua primeira obra, uma polonaise. Prosseguiu conciliando seus estudos no Liceu de Varsóvia com as aulas de piano.

Em 1825, apresentou-se para o czar Alexandre I. No ano seguinte ingressou no Conservatório de Varsóvia, onde iniciou seus estudos com o compositor Joseph Elsner.

Em 1830, dias antes de eclodir a Revolução Polonesa contra a ocupação russa, Chopin resolveu deixar Varsóvia e partir para Viena, que vivia sob o regime autoritário de Metternich. Em julho do ano seguinte, Chopin seguiu para Paris, onde logo integrou-se à elite local, passando a ser requisitado como concertista e como professor. Nessa época conheceu músicos consagrados, como Rossini e Cherubini, e outros de sua geração, como Mendelssohn, Berlioz, Franz Lizst eSchumann.

Em uma de suas viagens pela Europa, em 1835, reencontrou Maria Wodzinska, que conhecera ainda criança em Varsóvia. Chopin apaixonou-se, mas, apresentando já os primeiros sinais de tuberculose, acabou rompendo o noivado por pressão da família de Maria.

Em 1838 Chopin uniu-se à controvertida escritora Aurore Dupin, que usava o pseudônimo masculino de George Sand. O casal resolveu passar um tempo em Maiorca, mas o clima úmido da ilha piorou o estado de saúde do compositor. Em 1839, os dois voltaram para a França e em 1847 romperam definitivamente o relacionamento.

No dia 17 de outubro de 1849, Frederic Chopin faleceu, aos 39 anos. Foi sepultado no cemitério de Père Lachaise, em Paris. Seu coração foi colocado
dentro de um dos pilares da igreja de Santa Cruz, em Varsóvia, conforme o seu pedido.

Chopin dedicou toda sua obra ao piano, com exceção de apenas algumas peças. Várias de suas obras têm influência do folclore polonês, como é o caso das mazurcas e das polonaises.
www.educacao.uol.com.br/bibliografias/frederic-chopin.jhtm
c/objetivo educacional

Mozart: um dos mais importantes representantes da música clássica

Biografia de Mozart, suas principais obras, óperas, sonetos, concertos, composições
 para piano, sonatas, serenatas e outras composições musicais
mozart
Mozart: um dos mais importantes representantes da música clássica
Biografia e obras 
Wolfgang Amadeus Mozart nasceu em 27 de janeiro de 1756 na cidade austríaca de Salzburgo. Desde criança apresentou grande talento musical. Seu pai, Leopold Mozart, era compositor e estimulou os dons musicais do filho. Com este apoio paterno, começou a escrever duetos e pequenas composições para piano, ainda na infância.
No ano de 1763, seu pai o levou, para uma viagem pela França e Inglaterra. Na cidade de Londres, Mozart conheceu Johann Christian Bach, filho de Johann Sebastian Bach, cujas obras faziam grande sucesso em toda Europa.

Nos primeiros anos da década de 1770, visitou a Itália por três vezes. Neste país, compôs a ópera "Mitridate" que fez um grande sucesso. Logo em seguida, voltou a morar em Salzburgo, onde ele trabalhou como mestre de concerto, compondo missas, sonatas de igreja e serenatas.

A partir do começo da década de 1780 começa a viver da renda de seus concertos, da publicação de suas obras e de aulas particulares de música. A primeira metade desta década é a época de maior sucesso de sua vida. Compõe óperas importantes e de grande sucesso como Idomeneo (1781), O Rapto do Serralho (1782), sonatas para piano, música de câmara e concertos para piano.

No ano 1782, mesmo contra a vontade de seu pai, casa com Constanze Weber.

Compôs sua primeira ópera, “As bodas de Fígaro” no ano de 1786 com a ajuda do poeta italiano Lorenzo da Ponte (1749-1838). Embora sem muito sucesso na cidade de Viena, a obra atraiu a atenção de muitas pessoas na cidade de Praga. Recebeu uma encomenda para elaborar uma nova ópera. O resultado foi “Don Giovanni”, considerada por muitos especialistas sua grande ópera. No ano de 1789, escreve “Così fan tutte”.

Mesmo com o sucesso de suas obras, começa a enfrentar problemas financeiros no final da década de 1780. Para complicar ainda mais a situação, sua saúde e a de sua esposa começam a apresentar problemas. No ano de 1791, compõe as duas últimas obras de sua vida, as óperas “A Clemência de Tito” e “A flauta mágica”.

Com a saúde debilitada, morreu com apenas 35 anos de idade. A causa de sua morte foi, proavelmente, uma forte infecção intestinal.

  
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Bibliografia de Antonio Vivaldi


Antonio Vivaldi (1678-1741) foi um compositor e músico italiano.
Apesar da fama de que gozou em vida, Vivaldi foi logo esquecido com o advento do classicismo. Seus originais, encadernados após sua morte em 27 volumes e vendidos a particulares, foram redescobertos na década de 1920.
Antonio Lucio Vivaldi nasceu em 4 de março de 1678, em Veneza. Em 1703, ordenado sacerdote, foi nomeado mestre de violino do Ospedale della Pietà, instituição veneziana que acolhia crianças abandonadas, famosa por seu conservatório musical. Impedido de celebrar missa em decorrência de uma doença crônica, provavelmente asma, Vivaldi compôs a maior parte de suas obras para os grupos musicais da instituição e assim consolidou sua reputação como compositor e maestro.
A partir de 1713, o diretor do coro do Ospedale deixou seu posto e a Vivaldi foi encomendada música vocal sacra. O compositor criou mais de trinta cantatas, oito motetes e um Stabat mater. No mesmo ano, sua primeira ópera, Ottone in villa, foi produzida em Vicenza. De 1718 a 1720, Vivaldi trabalhou em Mântua como diretor musical e compôs várias óperas. A década de 1720 correspondeu ao auge de sua carreira. Novamente radicado em Veneza, forneceu obras instrumentais para toda a Europa. A música instrumental do barroco tardio deve a Vivaldi muitos de seus elementos característicos. De sua obra conservam-se quase 500 concertos, compostos na maior parte para um instrumento solista, orquestra de cordas e contínuo. Destacam-se as coleções L'estro armonico (1712), La stravaganza e Il cimento dell'armonia e dell'inventione (1720), que inclui os concertos conhecidos como Le quattro stagioni (As quatro estações). A partir de 1729, parou de publicar suas obras, por perceber que era mais lucrativo vender os manuscritos a compradores particulares. Na década de 1730, seguiu-se o declínio.
Vivaldi morreu em Viena, em 28 de julho de 1741. Seus concertos foram tomados como modelos formais por vários compositores do barroco tardio, inclusive Bach, que transcreveu dez deles para teclados.
Última atualização do biografia de Antonio Vivaldi: 26/10/2011.

Bibliografia de Ludwig van Beethoven



Ludwig van Beethoven nasceu em 16 de dezembro de 1770, em Bonn, Alemanha. Mas sua ascendência era holandesa: o nome de sua família é derivado do nome de uma aldeia na Holanda, Bettenhoven (canteiro de rabanetes), e tem a partícula van, muito comum em nomes holandeses - não confundir com o nobiliárquico alemão von. O avô do compositor, também Ludwig van Beethoven, contudo, era originário da Bélgica, e a família estava há poucas décadas na Alemanha.

Vovô van Beethoven era músico. Trabalhava como Kappelmeister (diretor de música da corte) do eleitor de Colônia e era um artista respeitado. Seu filho, Johann, que viria a ser o pai de Ludwig, menos talentoso, o seguiu na carreira, mas sem igual êxito. Depois da morte do pai, entregou-se ao alcoolismo, o que traria muitos problemas emocionais ao filho famoso.

Johann percebeu que o pequeno Ludwig (que fora batizado assim em homenagem ao avô) tinha talento incomum para música e tratou de encaminhá-lo à carreira de músico do eleitor. Mas o fez de forma desastrosa. Obrigava o filho a estudar música horas e horas por dia, e não raro o batia. A educação musical de Beethoven tinha aspectos de verdadeira tortura.

Desde os treze anos Ludwig ajudou no sustento da casa, já que o pai afundava-se cada vez mais na bebida. Trabalhava como organista, cravista ensaiador do teatro, músico de orquestra e professor, e assim precocemente assumiu a chefia da família. Era um adolescente introspectivo, tímido e melancólico, freqüentemente imerso em devaneios e "distrações", como seus amigos testemunharam.

Em 1784, Beethoven conheceu um jovem conde, de nome Waldstein, e tornou-se amigo dele. O conde notou o talento do compositor e o enviou para Viena, para que se tornasse aluno de Mozart. Mas tudo leva a crer que Mozart não lhe deu muita atenção, embora reconhecendo seu gênio, e a tentativa de Waldstein não logrou êxito - Beethoven voltou em duas semanas para Bonn.

Em Bonn, começou a fazer cursos de literatura - até para compensar sua falta de estudoo geral, já que saíra da escola com apenas 11 anos - e lá teve seus primeiros contatos com as fervilhantes idéias da Revolução Francesa, que ocorria, com o Aufklärung (Iluminismo) e com o Sturm und Drang (Tempestade e Ímpeto), correntes não menos fervilhantes da literatura alemã, de Goethe e Schiller. Esses ideais tornariam fundamentais na arte de Beethoven.

Apenas em 1792 que Beethoven haveria de partir definitivamente para Viena. Novamente por intermédio do conde Waldstein, dessa vez Ludwig havia sido aceito como aluno de Haydn - ou melhor, "papai Haydn", como o novo pupilo o chamava. A aprendizagem com o velho mestre não foi tão frutífera quanto se esperava. Haydn era afetuoso, mas um tanto descuidado, e Beethoven logo tratou de arranjar aulas com outros professores, para complementar seu estudo.

Seus primeiros anos vienenses foram tranqüilos, com a publicação de seu opus 1, uma coleção de três trios, e a convivência com a sociedade vienense, que lhe fora facilitada pela recomendação de Waldstein. Era um pianista virtuose de sucesso nos meios aristocráticos, e soube cultivar admiradores. Apesar disso, ainda acreditava nos ideais revolucionários franceses.

Então surgiram os primeiros sintomas da grande tragédia beethoveniana - a surdez. Em 1796, na volta de uma turnê, começou a queixar-se, e foi diagnosticada uma congestão dos centros auditivos internos. Tratou-se com médicos e melhorou sua higiene, a fim de recuperar a boa audição que sempre teve, e escondeu o problema de todos o máximo que pôde. Só dez anos depois, em 1806, que revelou o problema, em uma frase anotada nos esboços do Quarteto no. 9: "Não guardes mais o segredo de tua surdez, nem mesmo em tua arte!".

Antes disso, em 1802, Beethoven escreveu o que seria o seu documento mais famoso: o Testamento de Heiligenstadt. Trata-se de uma carta, originalmente destinada aos dois irmãos, mas que nunca foi enviada, onde reflete, desesperado, sobre a tragédia da surdez e sua arte. Ele estava, por recomendação médica, descansando na aldeia de Heiligenstadt, perto de Viena, e teve sua crise mais profunda, quando cogitou seriamente o suicídio. Era um pensamento forte e recorrente. O que o fez mudar de idéia? "Foi a arte, e apenas ela, que me reteve. Ah, parecia-me impossível deixar o mundo antes de ter dado tudo o que ainda germinava em mim!", escreveu na carta.

O resultado é o nascimento do nosso Beethoven, o músico que doou toda sua obra à humanidade. "Divindade, tu vês do alto o fundo de mim mesmo, sabes que o amor pela humanidade e o desejo de fazer o bem habitam-me", continua o Testamento. Para Beethoven, sua música era uma verdadeira missão. A Sinfonia no. 3, Eroica, sua primeira obra monumental, surge em seguida à crise fundamental de Heiligenstadt.

No terreno sentimental, outra carta surge como importante documento histórico: a Carta à Bem-Amada Imortal. Beethoven nunca se casou, e sua vida amorosa foi uma coleção de insucessos e de sentimentos não-correspondidos. Apenas um amor correspondido foi realizado intensamente, e sabemos disso exatamente através dessa carta, escrita em 1812. Nela, o compositor se derrama em apaixonadíssimos sentimentos a uma certa "Bem-Amada Imortal":

"Meu anjo, meu tudo, meu próprio ser! Podes mudar o fato de que és inteiramente minha e eu inteiramente teu? Fica calma, que só contemplando nossa existência com olhos atentos e tranqüilos podemos atingir nosso objetivo de viver juntos. Continua a me amar, não duvida nunca do fidelíssimo coração de teu amado L., eternamente teu, eternamente minha, eternamente nossos".

A identidade da "Bem-Amada Imortal" nunca ficou muito clara e suscitou grande enigma entre os biógrafos de Beethoven. Maynard Solomon, em 1977, após inúmeros estudos, concluiu que ela seria Antonie von Birckenstock, casada com um banqueiro de Frankfurt - seria, portanto, um amor realizado, mas ao mesmo tempo impossível, bem beethoveniano. Ludwig permaneceria solteiro.

Em 1815, seu irmão Karl morreria, deixando um filho de oito anos para ele e a mãe cuidarem. Porém Beethoven nunca aprovou a conduta da mãe dessa criança - também Karl - e lutou na justiça para ser seu único tutor. Foram meses de um desgastante processo judicial que acabou com o ganho de causa dado ao compositor. Agora Beethoven teria que cuidar de uma criança, ele que sempre fora desajeitado com a vida doméstica.

Nos anos seguintes, Beethoven entraria em grande depressão, da qual só sairia em 1819, e de forma exultante. A década seguinte seria um período de supremas obras-primas: as últimas sonatas para piano, as Variações Diabelli, a Missa Solene, a Nona Sinfonia e, principalmente, os últimos quartetos de cordas.

Foi nessa atividade, cheio de planos para o futuro (uma décima sinfonia, um réquiem, outra ópera), que ficou gravemente doente - pneumonia, além de cirrose e infecção intestinal. No dia 26 de março de 1827, morreria Ludwig van Beethoven - segundo a lenda, levantando o punho em um último combate contra o destino.

Sua Obra
Beethoven é reconhecido como o grande elemento de transição entre o Classicismo e o Romantismo. De fato, ele foi um dos primeiros compositores a dar papel fundamental ao elemento subjetivo na música. "Saída do coração, que chegue ao coração", disse a respeito de uma de suas obras. Toda obra beethoveniana é fruto de sua personalidade sonhadora e melancólica, um tanto épica, verdadeiramente romântica.

Mas ele não abandonou as formas clássicas herdadas de Mozart e de "papai" Haydn. Beethoven soube fazer arte inovadora nos moldes tradicionais, sem os destruir, mas alargando suas fronteiras. Esse processo transfigurador aconteceu gradualmente, e culminou em obras como os últimos quartetos de cordas, radicalmente distantes dos similares de Mozart, por exemplo.

O estilo de Beethoven tem características marcantes: grandes contrastes de dinâmica (pianíssimo x fortíssimo) e de registro (grave x agudo), acordes densos, alterações de compasso, temas curtos e incisivos, vitalidade rítmica e, em obras na forma-sonata, desenvolvimentos longos em detrimento de exposições mais concentradas.

Estudiosos costumam dividir a obra beethoveniana em três fases, seguindo a linha definida pelo musicólogo Wilhelm von Lenz. A primeira daria conta das obras escritas entre 1792 e 1800, ou seja, suas primeiras peças publicadas, já em Viena. Isso incluiria os trios do Opus 1, a Sonata Patética, os dois primeiros concertos para piano e a Primeira Sinfonia, obras ainda tradicionais, mas que já apresentam alguns aspectos pessoais. A segunda fase corresponderia ao período de 1800 a 1814, marcado pelo Testamento de Heiligenstadt e pela Carta à Bem-Amada Imortal - em outras palavras, pela surdez e pelas decepções amorosas. São características dessa fase obras como a Sinfonia Eroica, a Sonata Ao Luar, os dois últimos concertos para piano. A última fase, de 1814 à 1827, ano de sua morte, seria o período das obras monumentais e das grandes inovações: a Nona Sinfonia, a Missa Solene, os últimos quartetos de cordas.

Beethoven se dedicou a todos os gêneros de sua época. Compôs uma ópera, Fidelio, com seu tema tipicamente beethoveniano - fidelidade conjugal e o amor pela liberdade -, música para teatro (destaque para a abertura Egmont), balé (As Criaturas de Prometeu), oratório (Cristo no Monte das Oliveiras), lieder (o ciclo À Bem-Amada Distante é bem representativo), duas missas (entre elas a monumental Missa Solene), variações (as Variações sobre uma Valsa de Diabelli são as mais conhecidas) e obras de forma livre (a Fantasia para Piano, Coro e Orquestra é uma delas).

Porém Beethoven ficaria mais conhecido pelos quatro grandes ciclos dedicados às formas clássicas: as sonatas, os concertos, os quartetos de cordas e, claro, as sinfonias.

As Sonatas
As sonatas para piano - 32 ao todo - foram para Beethoven uma espécie de laboratório, onde fazia experiências que seriam aproveitadas em outras formas. Elas se distribuem ao longo das três fases, mas as da segunda seriam as mais numerosas (dezesseis).

Beethoven fez grandes inovações na estrutura da sonata. Incorporou novas formas (fuga e variação), mudou o número de movimentos e sua ordem (colocou muitas vezes o movimento lento em primeiro lugar), aumentou seu escopo emocional.

Essas sonatas também acompanharam o desenvolvimento técnico do piano no início do século XIX. A princípio, eram destinadas, sem distinção, para o cravo ou para o pianoforte. Somente a partir da opus 53, Waldstein, que Beethoven deixaria claro a instrumentação: pianoforte. Exigente, o compositor costumeiramente ficava irritado com a limitação dos pianos de sua época, tanto que suas últimas cinco sonatas foram compostas especificamente para o mais avançado piano de martelo vienense, o Hammerklavier. A opus 106 ficou justamente conhecida por este nome.

Entre as onze sonatas do primeiro período, a mais conhecida é a opus 13, Patética, com sua introdução dramática e seu clima sombrio (a maior parte de seus temas estão em tom menor).

As sonatas mais conhecidas estão no segundo período - são a opus 27, Ao Luar, a Waldstein e a opus 57, Appassionata. A primeira delas, de modo inovador, inicia-se com um famosíssimo Adagio sostenuto, uma elegia de suave e sombrio romantismo, até hoje um dos trechos mais conhecidos de Beethoven. Já a Waldstein tem apenas dois movimentos rápidos (com uma diminuta ponte em andamento lento entre eles).

Embora mais originais, as sonatas do último período são as menos populares. A opus 106, Hammerklavier, de caráter monumental, é quase uma sinfonia para piano solo. Outras grandes obras-primas são as duas últimas, opus 110 e 111, de caráter quase romântico.

Os Concertos

Beethoven escreveu cinco concertos para piano, um para violino e um tríplice, para violino, violoncelo e piano. Excetuando-se os dois primeiros para piano, todos foram compostos na fase intermediária, onde, de fato, encontra-se a maioria da produção beethoveniana.

Os dois primeiros concertos para piano são bastante característicos da juventude de Beethoven, e devem grande parte de sua linguagem à Mozart. Já o terceiro, composto em 1800, é uma obra de transição. Tem caráter mais sinfônico e é declaradamente sério e pesado, tendo muitas semelhanças com o Concerto no. 24 de Mozart (também escrito na tonalidade de dó menor).

O Concerto no. 4, composto seis anos depois, daria um salto ainda maior. Os movimentos externos são leves e tranqüilos, de profunda beleza e humanidade. Já o movimento central, Andante con moto, alterna o lirismo romântico do piano com intervenções vigorosas da orquestra (aqui reduzida às cordas graves), obtendo um resultado surpreendente até para Beethoven.

O último concerto para piano, conhecido como Imperador, tornaria-se mais célebre. É uma obra majestosa, de concepções grandiosas e de caráter tão sinfônico quanto o terceiro concerto, mas menos trágico.

Para violino, Beethoven escreveu o seu concerto mais popular. Obra belíssima, é dos concertos mais perfeitos já escritos para esse instrumento. Anteriormente, já havia o incluído no Concerto Tríplice, para piano, violino e violoncelo, herdeiro da sinfonia concertante à maneira de Haydn e Mozart e claro precursor do Concerto Duplo de Brahms.

Os Quartetos
Beethoven compôs música de câmara durante toda sua vida, mas a parte fundamental de sua obra neste gênero seria o conjunto dos seis últimos quartetos de cordas.

Eles foram escritos nos últimos anos de vida do compositor e representam o ponto culminante de sua terceira fase de criação. São obras concentradas e profundas, cheias de recursos como a variação e a fuga.

O opus 131 é o mais ambicioso deles. Tem nada menos que sete movimentos, todos encadeados entre si. O primeiro é uma fuga muito lenta e expressiva, o quarto é uma sucessão de sete variações, e o último é um enérgico Allegro, que retoma o tema principal do primeiro. Portanto, apesar de sua grande extensão, é uma obra coesa.

Além deste, são importantes os quartetos opus 133, Grande Fuga, e opus 135.

As Sinfonias
As sinfonias de Beethoven formam a parte mais conhecida de sua obra. São nove ao todo. A maior parte está na fase intermediária de sua criação, exceto a primeira e a última sinfonia. Entretanto, o musicólogo Paul Bekker classifica as sinfonias em dois grupos - as oito primeiras e a Nona. De fato, a Sinfonia Coral é um caso à parte, com sua enorme formação instrumental e o final com coro, até então inédito.

A Primeira Sinfonia, composta nos primeiros anos vienenses do compositor, está fortemente ligada à tradição de Haydn e Mozart. A segunda é uma obra de transição e já apresenta algumas das suas características pessoais.

Beethoven só encontraria sua linguagem sinfônica definitiva na Sinfonia no. 3, Eroica. Planejada para ser uma grande homenagem a Napoleão Bonaparte, que admirava, esta Terceira é uma obra grandiosa, de concepção monumental e temática épica. Porém a dedicatória napoleônica foi retirada quando este coroou-se imperador da França - Beethoven, decepcionado, alterou o programa da obra, incluindo uma marcha fúnebre "à morte de um herói".

A Quarta é uma sinfonia mais relaxada, conhecida por sua longa introdução, quase independente do restante da obra. Já a Quinta é a mais trágica das nove. Dita "do Destino", esta é uma sinfonia que faz a trajetória das trevas (os dois primeiros movimentos) para a luz (os dois últimos), de maneira original, que abriu precedentes na história da música (a Primeira de Brahms, a Segunda de Sibelius).

A Sexta Sinfonia, Pastoral, é outra ousadia. Organizada em cinco movimentos, cada um retratando um aspecto da vida no campo, abriu espaço para as experiências de Liszt e Berlioz no gênero da música programática.

A Sétima ficou famosa pelo seu movimento lento, um Allegretto pouco definido entre o elegíaco e o sombrio, que encantou compositores como Schumann e Wagner. A Oitava é seu par, e tem no terceiro movimento um minueto, o que é novidade - é a única que não tem um scherzo, o substituto beethoveniano do minueto de Haydn e Mozart.

Enfim, a Nona, talvez a obra mais popular de Beethoven. Sua grande atração é o final coral, com texto de Schiller, a Ode à Alegria. É uma obra que marcou época. Sem ela, seria difícil conceber as sinfonias posteriores de Bruckner, Mahler, e até a ópera de Wagner.

"Escutar atrás de si o ressoar dos passos de um gigante". A definição famosa de Brahms da Nona Sinfonia pode ser aplicada igualmente à toda obra beethoveniana, uma das maiores e mais profundamente humanas de toda história da música.

JOHANN SEBASTIAN BACH


J. S. Bach
Johann Sebastian Bach nasceu no dia 21 de março de 1685, em Eisenach, Alemanha. Cresceu em um ambiente propício, pois era membro de uma família de músicos. Tomava aulas de violino com o pai, violinista da corte de Eisenach, ao mesmo tempo que recebia lições de órgão e cravo com seu tio, organista da igreja de São Jorge.
Quando tinha nove anos perdeu sua mãe e, um ano após, seu pai. A família se viu obrigada a se dispersar e o jovem Bach, o caçula, foi morar com seu irmão mais velho, Johann Christoph, organista da igreja de São Miguel, que lhe ensinou as primeiras noções de composição. Mas os recursos do irmão eram escassos e Bach esforçava-se, ajudando nas despesas domésticas, cantando no coro de algumas igrejas, pois era dotado de privilegiada voz de soprano menino.
Aos quinze anos decidiu abandonar a casa do irmão e prover seu próprio sustento. A sólida cultura musical que adquirira lhe permitiu lançar-se no mundo, em 1700, mudando-se para Lüneburg. Lá enriqueceu seus conhecimentos em literatura, filosofia, línguas e teologia. E teve a oportunidade de entrar em contato com a cultura francesa, verdadeira mania naquela cidade de intensa vida cultural.
Após três anos em Lüneburg, Johann concluiu seus estudos. Tendo perdido sua bela voz juvenil na adolescência, já não podia contar com o salário do coro. Era preciso arranjar outro emprego.
Aos 18 anos foi nomeado organista da nova igreja de Arnstadt. Bach, nesta época um jovem de aparência refinada e precocemente responsável, tinha uma personalidade forte e independente e insistia em manter uma mulher no coro   -  sua prima Maria Barbara - contrariando os regulamentos da Igreja e irritando a congregação. Em vista disto o músico se viu obrigado a pedir demissão em 1707. Neste  mesmo ano foi nomeado organista da igreja de São Brás na cidade de Mülhausen e casou-se com Maria Barbara.
No ano seguinte foi aceito como organista e membro da orquestra da corte do Duque de Weimar. Nesta cidade Bach encontrou a atmosfera que desejara: não havia culto sem música e o órgão era instrumento indispensável.
Bach era um homem feliz: tinha um cargo honroso, recebia boa remuneracão e sua casa vivia cheia de alunos. Além disso aguardava o nascimento do primeiro filho. E como gozava de uma certa liberdade para viajar, aos poucos seu nome como grande organista ia ganhando fama pelas cidades vizinhas.
Em 1716 , com a morte do velho mestre-de-capela Johann Samuel Drese, vagou-se o posto, cargo que deveria ser ocupado por Bach. O Duque, no entanto, nomeou o filho do falecido, mesmo sabendo que se tratava de um profissional medíocre. É provável que, ao fazer esta escolha, o Duque tenha levado em consideração a amizade de Bach pelo aluno Ernest August, sobrinho do Duque e inimigo político.
Aborrecido com isso e tentado pela oferta do Príncipe Leopold, que admirava o seu talento e estava precisando dos trabalhos de um músico, Bach pediu permissão para deixar Weimar. Mas o Duque, ou querendo punir o organista rebelde, ou porque temesse perder os serviços do brilhante músico, recusou o pedido. E como Bach insistisse em sua decisão, o Duque não teve dúvidas em colocá-lo na prisão, sem submetê-lo a processo. Bach utilizou os trinta dias em que esteve preso para terminar seu "Pequeno Livro para Órgão".
Ao sair da prisão, em dezembro de 1717, partiu imediatamente para Köthen com sua família já com quatro filhos vivos, sendo nomeado mestre-de-capela da corte do Príncipe Leopold.
O período de Köthen foi um dos mais felizes de sua vida. Em 1720 , contudo, uma tragédia veio abalar a vida tranqüila dos Bach. Em agosto, ao regressar de uma longa viagem, Bach veio a saber que Maria Barbara falecera, deixando filhos de doze, dez, seis e cinco anos. A Köthen que lhe dera tantas alegrias passou a ser difícil de suportar sem a esposa que adorava.
Mas a sua fé em Deus e sua música não o deixavam abater-se por completo. E foi através da música que se aproximou do soprano Anna Magdalena Wilcken, de 20 anos, com quem se casaria depois. A bela e doce Anna Magdalena, que lhe daria mais treze filhos, trouxe de volta a alegria à casa, que vivia cheia de amigos.
Pai exemplar, esteve sempre atento à educação dos filhos, escrevendo para seu filho Wilhelm Friedmann as conhecidas Invenções a Duas Vozes e as Invenções a Três Vozes ou Sinfonias. Para Anna Magdalena, Bach escreveu o "Pequeno Livro de Anna Magdalena Bach" pouco depois do casamento. Ainda em 1722 escreveu a primeiro livro do Cravo bem Temperado. Desta época são as Suítes Francesas e as Suítes Inglesas.
Para lá de excepcional organista, Bach era um grande cravista. Graças ao testemunho de Anna Magdalena, sabemos que em sua casa se tocavam habitualmente instrumentos de teclado, que seus filhos brincavam entre as pernas do clavicórdio e do cravo e que os pedais eram objeto de suas investigações constantes. Quando Friedmann e Emanuel cresceram,costumavam tocar com o pai os seus concertos a três cravos. Por ocasião da morte de Bach havia em sua casa cinco cravos e clavicórdios. Além disso Bach possuia um clavicórdio no quarto e, de noite, se levantava freqüentemente para tocar. Não é estranho que se encontre composições para tecla ao longo de sua vida.
Mas a vida musical em Köthen foi se enfraquecendo e Bach mudou-se para Leipzig, grande centro cultural, assumindo o cargo de Kantor. Ser Kantor significava encarregar-se de toda a música da igreja, bem como da direção e das aulas de latim da escola anexa. A isso se somavam as funções de diretor musical de todas as outras igrejas da cidade.
A Escola de São Tomás, em Leipzig, encontrava-se em decadência na época em que Bach assumiu sua direção. Além disso, lecionar para jovens sem talento e mal educados não correspondia ao que Bach considerava sua verdadeira vocação: compor e tocar. Em Leipzig suas composições eram recebidas com indiferença, o que causava decepção e tristeza. Bach suportou isso pôr 25 anos. Consolava-o o título de diretor musical, tão sonhado e que o obrigava a compor toda a música sacra da cidade.Trabalhava sem parar. A cada semana, uma cantata nova. Sofre com humilhações diárias, falta de verbas e péssimas condições de trabalho. A partir de 1740, afasta-se gradativamente da direção da escola. Deixa também de compor música sacra e volta-se para a música instrumental novamente.
Em 1747, aos 62 anos, vai a Potsdan, à convite do rei Frederico II, onde improvisou ao cravo. Foi seu último triunfo como intérprete.
A idade já mostra seus efeitos. Corpulento e pesadão, anda com vagar, embora suas mãos grandes conservassem a flexibilidade da juventude.Os olhos, porém,não lhe obedecem. Os médicos não sabem determinar a causa de sua gradual perda de visão. Aos 65 anos Bach está irremediavelmente cego. Mas isso não o deprime. A consciência do dever cumprido lhe dá serenidade. Incansável, dita a um de seus alunos o último coral: "Senhor, Eis-me Diante de Teu Trono".
Dia 18 de julho de 1750: por um momento Bach recupera a visão. Pouco depois, porém, é acometido de um ataque de apoplexia. Morre dez dias depois. Ao seu lado, como sempre, Anna Magdalena.
Foi necessário um século para que o mundo pudesse conhecer em toda sua plenitude a obra do Mestre de Eisenach. Somente em 1819, com a apresentação de sua "Paixão Segundo São Mateus",dirigida por Mendelssohn, é que ocorreu o renascimento de Bach para a posteridade.
OBRA
Para o Cravo: Variações GoldebergO Cravo Bem Temperado volumes 1 e 2, Partitas, Suítes Inglesas, Suítes Francesas, O Pequeno Livro de Anna Magdalena Bach ,15 Invenções a duas vozes, 15 Invenções a três vozes, Concertos para cravo, Concerto para Quatro Cravos, Concertos para Três Cravos, Concerto Italiano, etc.
Para o órgão: Pequeno livro para o órgãoCorais, 22 Prelúdios (ou Tocatas ou Fantasias), diversas fugas.
Para o alaúde: Diversas suítes, prelúdios e fugas.
Para o violino: Seis concertos para o violino solo, Concerto para dois violinos e orquestra, partitas e sonatas.
Concertos Grossos: Concertos de Brandemburgo, etc.
Obras Sacras: Cantata de Natal, Oratório de Natal, Paixão Segundo São Mateus, Paixão Segundo São João, em um total de cerca de duzentas cantatas e oratórios.
Bach também escreveu diversas sonatas para cravo e flauta, cantatas profanas e muitas outras obras.

Bibliografia
Mestres da Música - Abril Cultural
Enciclopédia dos Grandes Compositores - Editora Salvat
Renata Cortez Sica Copyright © 1999
Todos os direitos reservados  Araras, SP - Brasil

WW.renatacortezsica.com.br/compositores/bach.htm

A Música Clássica e sua importância na História Humana

Música clássica
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
 Nota: Este artigo é sobre o gênero musical também conhecido como "música erudita". Para período da história da música no século XVIII conhecido como classicismo, veja Período clássico (música).


Montagem de grandes compositores de música clássica. Da esquerda para a direita:
Topo - Antonio Vivaldi, Johann Sebastian Bach, George Frideric Handel, Wolfgang Amadeus Mozart, Ludwig van Beethoven;
segunda fila - Gioachino Rossini, Felix Mendelssohn, Frédéric Chopin, Richard Wagner, Giuseppe Verdi;
terceira fila - Johann Strauss II, Johannes Brahms, Georges Bizet, Pyotr Ilyich Tchaikovsky, Antonín Dvořák;
Fila de baixo - Edvard Grieg, Edward Elgar, Sergei Rachmaninoff, George Gershwin, Aram Khachaturian
Música clássica ou música erudita é o nome dado à principal variedade de música produzida ou enraizada nas tradições da música secular e litúrgica ocidental, que abrange um período amplo que vai aproximadamente do século IX até o presente,[1] e segue cânones preestabelecidos no decorrer da história da música. As normas centrais desta tradição foram codificadas entre 1550 e 1900, intervalo de tempo conhecido como o período da prática comum.
Segundo o Dicionário Grove de Música, música erudita é música que é fruto da erudição e não das práticas folclóricas e populares. O termo é aplicado a toda uma variedade de músicas de diferentes culturas, e que é usado para indicar qualquer música que não pertença às tradições folclóricas ou populares.[2]
A música ocidental distingue-se de outras formas de música, principalmente, por seu sistema de notação em partituras, em uso desde o século XVI.[3] O sistema ocidental de partituras é utilizado pelos compositores para prescrever, a quem executa a obra, a altura, a velocidade, a métrica, o ritmo e a exata maneira de se executar uma peça musical. Isto deixa menos espaço para práticas como a improvisação e a ornamentação ad libitum, que são ouvidas frequentemente em músicas não europeias (ver música clássica da Índia e música tradicional japonesa) e populares.[4][5] O gosto do público pela apreciação da música formal deste gênero vem entrando em declínio desde o fim do século XX, marcadamente nos países anglófonos.[6] Este período viu a música clássica ficar para trás do imenso sucesso comercial da música popular, embora o número de CDs vendidos não seja o único indicador da popularidade do gênero.[7] Oposto aos termos música popular, música folclórica ou música oriental, o termo "música clássica" abrange uma série de estilos musicais, desde intricadas técnicas composicionais (como a fuga)[8] até simples entretenimento (operetas).[9][10] O termo só apareceu originalmente no início do século XIX, numa tentativa de se "canonizar" o período que vai de Bach até Beethoven como uma era de ouro.[11] Na língua inglesa, a primeira referência ao termo foi registrada pelo Oxford English Dictionary, em cerca de 1836.[12][1] Hoje em dia, o termo "clássico" aplica-se aos dois usos: "música clássica" no sentido que alude à música escrita "modelar," "exemplar," ou seja, "de mais alta qualidade", e, stricto sensu, para se referir à música do classicismo, que abrange o final do século XVIII e parte do século XIX.[13]
Índice  [esconder]
1 Características
1.1 Instrumentação
1.2 Forma e técnicas de execução
1.3 Complexidade
1.4 Sociedade
1.5 A atmosfera dos concertos
1.6 Interpretação das obras
2 História
2.1 Raízes
2.2 Período antigo
2.3 Período da prática comum
2.3.1 Período barroco
2.3.2 Período clássico
2.3.3 Período romântico
2.4 Períodos moderno e contemporâneo
3 Relacionamento com a música popular
4 Papel da música erudita na educação
5 Referências
6 Bibliografia
7 Ver também
7.1 Termos associados
7.2 Gêneros musicais associados
8 Ligações externas
[editar]Características

Devido à forma extremamente diversificada de formas, estilos, gêneros e períodos históricos que geralmente são descritos pelo termo "música clássica", é uma tarefa complexa listar características que possam ser atribuídas a todas as obras deste tipo de música. Existem, no entanto, características que a música clássica tem e que poucos (ou até mesmo nenhum outro) tipo de música apresenta.
[editar]Instrumentação


Orquestra Sinfônica de Porto Alegre em concerto na UFRGS
A música clássica frequentemente se distingue pelo amplo uso que faz de instrumentos musicais de diferentes timbres e tonalidades, criando um som profundo e rico. Os diferentes movimentos da música clássica foram afetados principalmente pela invenção e modificação destes instrumentos ao longo do tempo. Embora a música clássica não tenha um "conjunto" de instrumentos necessários para que certos padrões de sua execução sejam preenchidos, os compositores escrevem suas obras tendo em mente diferentes conjuntos instrumentais:
orquestras: Uma orquestra comporta todas as famílias instrumentais acústicas: as cordas (violino, viola, violoncelo e contrabaixo), as madeiras (flauta, oboé, clarineta, fagote, trompa etc.), os metais (trompete, trombone, tuba) e a percussão (tímpano, gongo, xilofone etc.). Saxofone e violão eventualmente também participam de uma orquestra, além de pianos, órgãos e celestas..[14] Para as orquestras são escritas as sinfonias. Quando se destaca um instrumento da orquestra que será a voz principal, para o qual a melodia foi composta, trata-se de um concerto.Mesmo destacando-se um instrumento ou conjunto de instrumentos nos concertos, a orquestra toda pode estar presente. As orquestras também realizam os acompanhamentos das óperas, que são compostas para a voz humana. A voz pode ser classificada da mesma maneira que os instrumentos, observando-se a extensão de notas alcançada por ela. As vozes mais agudas são chamadas "sopranos", as vozes mais graves são os "baixo", que alcançam as notas mais graves.[14]
Os instrumentos usados na música clássica foram, em grande parte, inventados antes de meados do século XIX (frequentemente muito antes disso), e seu uso foi codificado nos séculos XVII e XIX; consistem de todos os instrumentos tipicamente encontrados numa orquestra, acrescidos de outros como o piano, o cravo e o órgão.
Ver artigo principal: Orquestra
Conjunto de sopros: Formada pelos sopros de metal
orquestra de câmara: Formada predominantemente por instrumentos de corda, podendo ter em algumas formações a presença de alguns sopros de madeira.[15]
Ver artigo principal: Orquestra de câmara
Instrumentos elétricos: Alguns instrumentos elétricos como a guitarra aparecem ocasionalmente na música clássica dos séculos XX e XXI. Tanto músicos clássicos como populares experimentaram, nas últimas décadas o uso de instrumentos eletrônicos, o sintetizador, técnicas elétricas e digitais como o uso de samplers e efeitos gerados por computadores, além de instrumentos pertencentes a outras culturas, como o gamelan.
Nenhum dos instrumentos categorizados como baixo existiam até o Renascimento. Na música medieval os instrumentos dividiam-se em duas categorias: instrumentos de volume mais alto, utilizados ao ar livre ou em igrejas, e os instrumentos mais silenciosos, usados internamente. Diversos dos instrumentos associados hoje em dia com a música popular costumavam ter um papel importante na música clássica arcaica, tais como gaitas de fole, vihuelas, hurdy-gurdies e algumas madeiras. Por outro lado, instrumentos como o violão, que eram associados principalmente à música popular, ganharam destaque na música clássica ao longo dos séculos XIX e XX.
Embora o temperamento igual tenha passado gradualmente a ser aceito como o temperamento dominante durante o século XIX, diferentes temperamentos foram usados, historicamente, nas músicas dos períodos mais arcaicos.[16][17] Por exemplo, a música do Renascimento Inglês frequentemente é executada no temperamento mesotônico. Os instrumentos de teclado quase todos partilham a mesma disposição das teclas (chamado frequentemente de 'teclado de piano'), embora sejam quase sempre tocados com técnicas diferentes de acordo com cada instrumento.
[editar]Forma e técnicas de execução
Enquanto a maior parte dos estilos de música popular utilize o formato de canções, a música clássica utiliza outras formas como o concerto, a sinfonia, a ópera, a música de dança, a suíte, o estudo, o poema sinfônico, entre outros.
Os compositores clássicos frequentemente aspiram instilar em sua obra um complexa relação entre seu conteúdo afetivo (emocional) e os meios intelectuais usados para obter este conteúdo. Muitas das obras mais apreciadas da música clássica utilizam o desenvolvimento musical, processo pelo qual um motivo ou ideia musical é repetido em diferentes contextos, ou em formatos e formas alterados. Os gêneros clássicos como a forma sonata e a fuga empregam formas rigorosas de desenvolvimento musical.
O desejo da parte dos compositores da música clássica de obter grandes feitos técnicos ao compor sua música, partilhado pelos músicos do estilo, que se deparam com metas similares de domínio técnico, é demonstrado pela quantidade proporcionalmente alta de tempo que dedicam a instrução e estudo, comparado aos músicos "populares", e pelo grande número de escolas secundárias, incluindo conservatórios, dedicados ao estudo e ensino da música clássica. O único outro gênero de música, no Ocidente, que apresenta oportunidades comparáveis de educação secundária é o jazz.
[editar]Complexidade
A performance do repertório de música clássica frequentemente exige um nível significativo de domínio técnico por parte do músico; a proficiência na leitura à primeira vista e na execução em conjunto, a compreensão minuciosa dos princípios tonais e harmônicos, o conhecimento da prática de performance e uma familiaridade com o idioma estilístico e musical inerente a determinado período, compositor e obra musical estão entre as aptidões mais essenciais para um músico com treinamento clássico. Obras do repertório clássico frequentemente exibem uma complexidade artística através do uso do desenvolvimento temático, do fraseado, da modulação, dos períodos, seções e movimentos. A análise musical de uma composição tem como meta atingir uma maior compreensão desta obra, levando a uma audição mais plena de significado, e com maior apreciação, do estilo de um compositor.
[editar]Sociedade
Frequentemente tida como opulenta, ou representante da sociedade refinada, a música clássica geralmente nunca foi popular com a sociedade proletária. No entanto, a tradicional percepção de que apenas as classes mais abastadas têm acesso e apreciam a música clássica, ou até mesmo que a música clássica representa esta sociedade de classes altas, é cada vez mais vista como incorreta, visto que diversos dos músicos clássicos em atividade têm origem na classe média[18] e que os frequentadores de concertos e compradores de CDs do gênero não pertencem necessariamente às classes mais altas. Até mesmo no período clássico, as óperas bufas de Mozart, como Così fan tutte, eram popular entre as camadas mais comuns da sociedade.
A música clássica é também frequentemente retratada na cultura pop como música de fundo para filmes, programas de televisão e anúncios publicitários; como resultado disto, a maior parte das pessoas no Ocidente regularmente - muitas vezes de maneira desavisada - escuta peças de música clássica. Pode-se, assim, argumentar que os níveis relativamente baixos de vendagem das gravações de música clássica não são um bom indicador de sua popularidade real. Em tempos mais recentes a associação de certas peças clássicas com alguns eventos relevantes levou a breves aumentos no interesse por determinados gêneros clássicos. Um bom exemplo disto foi a escolha da ária "Nessun dorma", da ópera Turandot, de Giacomo Puccini, como música-tema da Copa do Mundo de 1990, o que levou a um notável aumento no interesse popular pela ópera e, em particular, pelas árias cantadas por tenores, o que eventualmente levou aos concertos e álbuns de grande sucesso dos Três Tenores.
[editar]A atmosfera dos concertos


Interior de uma casa de ópera barroca
Para nós, hoje acostumados com uma atmosfera solene e silenciosa nos concertos, é difícil acreditar que nos teatros italianos dos séculos XVII e XVIII, a plateia assistia às óperas e concertos em verdadeiro caos, conversando, se provocando e até mesmo jantando durante as apresentações! Toda a confusão apenas parava quando o grande solista da noite se apresentava, como, na época dos Castrati, acontecia quando um grande nome como Cafarelli ou Farinelli apresentava uma de suas grandes árias do repertório.
Outra característica do público erudito é a exigência que se tem com relação aos intérpretes - podendo ser até vaiados em apresentações - mas também a devoção que demonstram àqueles que não carecem de qualidade - numerosos são os "Bravíssimos!" a estes artistas.
A atmosfera do concerto sempre estará intimamente ligada à natureza da música apresentada - talvez seja leve como uma comédia de Rossini ou tensa como as aventuras do Peer Gynt de Edward Grieg. O público erudito, como qualquer público de qualquer estilo de música, liga muito seus sentimentos àquilo que escuta.
Hoje também se tem um contato menos frio do artista-público. Hoje é comum o maestro ou o solista se dirigirem à sua plateia, do mesmo jeito que perdeu-se o costume de usar traje social nestes concertos - estas atitudes tem, como principal objetivo, fazer com que a população toda volte a ter mais contato com a música erudita e perca o preconceito de que a música erudita seja "chata" ou para ricos.
E cada vez mais frequentemente, surgem os espetáculos que pretendem desmitificar esse lado "esnobe". Os concertos Promenade, na Inglaterra; a Folle Journée na França (em Nantes); a "Festa da Música" em Portugal, no Centro Cultural de Belém, são iniciativas que marcam a democratização de um gênero musical que faz, sem dúvida, parte do patrimônio cultural da humanidade.
[editar]Interpretação das obras


Trecho de música em notação moderna com detalhadas indicações para interpretação: Pagodes, de Debussy
A transmissão escrita, juntamente com o profundo respeito guardado às obras clássicas, têm implicações relevantes na interpretação musical. Espera-se, de uma forma razoável, que os intérpretes executem a obra de acordo com as intenções originais do compositor. Intenções essas que, geralmente, estão explicitadas nos mais pormenorizados detalhes, na própria partitura. De facto, qualquer desvio àquela que é considerada a intenção original do compositor pode ser considerada, por determinado grupo de melómanos mais conservadores, como uma traição à pureza de uma obra de arte que deve ser respeitada a todo o custo. A este nível encontramos os intérpretes e maestros mais "técnicos", que se "limitam" a executar escrupulosamente as indicações da partitura. Como quase tudo o que envolve o gosto estético, há quem concorde e quem discorde. Um exemplo de maestro que defendia esse gênero de execução das obras musicais foi Arturo Toscanini, muitas vezes apelidado de "frio" por alguns ouvintes que preferem as interpretações mais pessoais, que acrescentam algo à obra original. O pianista Glenn Gould é um exemplo claro do intérprete-autor, que, por uma nova abordagem das obras eruditas, acabou por contribuir com a sua capacidade e maestria musical para a criação de algo novo, mas desviante dos padrões tradicionais. Acontece, porém, que assim como há compositores que felicitam os intérpretes por melhorarem as suas criações, para lá do que para eles era imaginável, outros, como Maurice Ravel, quando ouviu, em 1930, a condução do seu "Bolero" por Toscanini, ficam agastados. Ravel terá dito a Toscanini, que foi antes mencionado como exemplo do maestro perfeccionista, que o que ouvira era interessante… Mas não era o seu Bolero. Toscanini havia acelerado os tempos, especialmente no final, o que ia totalmente contra as intenções de Ravel.
Esse respeito quase religioso às intenções originais do compositor levaram mesmo à criação de peças musicais que quase parecem, ou são mesmo, reflexões sobre o poder do compositor sobre os intérpretes - as mais extravagantes exigências de alguns autores são respeitadas. No entanto, é certo que o intérprete tem uma importância extrema na música erudita - ou como um transmissor fiel da partitura ou como um segundo autor da obra - mesmo que pouco ou nada saibam, formalmente, sobre composição. Alguns teóricos, como Umberto Eco no seu ensaio "A Obra Aberta" (Opera aperta), chamam a atenção para a irrepetibilidade de qualquer execução musical. Mesmo os mais fiéis executores da composição não tocam o mesmo trecho, da mesma forma, duas vezes, o que leva à apologia da recriação do reportório erudito e da improvisação, para a qual a música erudita contemporânea continua pouco sensível, ao contrário de certos gêneros como o jazz no qual a improvisação tem lugar central.
Durante a época barroca, a improvisação era muito comum. Interpretações recentes das obras pertencentes a esse período pretendem fazer reviver a prática da improvisação, tal como era feita nessa fase da história da música. Durante o período clássico, Mozart e Beethoven improvisavam, por exemplo, as cadenzas dos seus concertos para piano, quando eram eles mesmos os solistas - dando menos liberdade se o pianista fosse qualquer outro; razão para dizer que não deixavam a sua reputação em mãos alheias.
Outra polémica que costuma existir como consequência da veneração da obra original do compositor tem a ver com a utilização ou não de instrumentos da época da composição da obra, nas interpretações modernas das peças musicais mais antigas. Alguns intérpretes e condutores, como Jordi Savall, têm uma abordagem mais historicista: pretende-se tocar a obra nas mesmas condições em que foi criada, ainda que os instrumentos actuais sejam perfeitamente idóneos, ou superiores, em termos técnicos. Outros, como o já citado Glenn Gould, não se preocupam ao adaptar ou mesmo melhorar obras eruditas escritas para um instrumento, tocando-as noutro, mais moderno. Nesse último caso está a interpretação em piano de obras escritas para cravo, por Johann Sebastian Bach.
[editar]História

Ver também: História da música
As principais divisões cronológicas da música clássica são: o período da música antiga, que inclui a música medieval (476 – 1400) e a renascentista (1400 – 1600), o período da prática comum, que inclui os períodos barroco (1600 – 1750), clássico (1730 – 1820) e romântico (1815 – 1910), e os períodos moderno e contemporâneo, que incluem a música clássica do século XX (1900 – 2000) e a música clássica contemporânea (1975 – presente).
As datas são generalizações, já que os períodos frequentemente se sobrepõem, e as categorias são um tanto arbitrárias. O uso, por exemplo, do contraponto e da fuga, considerados característico do período barroco, foi continuado por Haydn, que é classificado como um compositor típico do período clássico. Beethoven, que frequentemente é descrito como o fundador do período romântico, e Brahms, que é classificado como um romântico, também usavam o contraponto e a fuga - porém outras características de suas obras definiram esta categorização.
O prefixo neo- é utilizado para descrever uma obra feita no século XX ou contemporânea porém composta no estilo de um período anterior, como clássico ou romântico. O balé Pulcinella, de Stravinsky, por exemplo, é uma composição neoclássica porque é estilisticamente semelhante a obras do período clássico.
[editar]Raízes
Ver artigo principal: Música da Antiguidade
As raízes da música clássica ocidental estão na música litúrgica cristã, embora tenha influências que datam da Grécia Antiga; o desenvolvimento de determinadas tonalidades e escalas já havia sido estabelecido por antigos gregos como Aristoxeno e Pitágoras.,[19] Pitágoras criou um sistema de afinação, e ajudou a codificar a notação musical em uso na época. Antigos instrumentos usados na Grécia, como o aulos (um instrumento de palheta) e a lira (semelhante a uma pequena harpa) levaram ao eventual desenvolvimento dos instrumentos usados atualmente nas orquestras clássicas ocidentais.[20] Este período na história da música, que vai até a queda do Império Romano (476 d.C.), é chamado de música da Antiguidade; pouco restou do período, no entanto, em termos de evidências musicais, e a sua maior parte veio do mundo grego.
[editar]Período antigo
Ver artigo principal: Música antiga


Manuscrito do Agnus Dei da Missa Barcelona, século XIV. Biblioteca da Catalunha, Barcelona.
O período medieval inclui a música feita a partir da queda de Roma até por volta de 1400. O canto monofônico, também conhecido como canto gregoriano, foi a forma dominante até cerca de 1100.[21] A música polifônica (com múltiplas vozes) se desenvolveu na segunda metade da Idade Média e ao longo do Renascimento, período em que se desenvolveram as formas mais sofisticadas, como os motetos. O período renascentista, que durou aproximadamente de 1400 a 1600, foi caracterizado pelo uso cada vez maior da instrumentação, de linhas melódicas que se entrelaçam, e dos primeiros instrumentos descritos como baixos. A dança como forma de evento social tornou-se cada vez mais difundida, e por consequência formas musicais apropriadas a acompanhar estas ocasiões passaram a ser padronizadas.
Foi neste período que a anotação da notas numa pauta e outros elementos da notação musical começaram a tomar forma.[22] Este fato tornou possível a separação da composição de uma peça de música de sua transmissão; sem a música escrita, a transmissão era oral, e estava sujeita a mudanças cada vez que era retransmitida. Com uma partitura, uma obra musical podia ser executada em toda a sua integridade sem a necessidade da presença do compositor.[23] A invenção da prensa de tipos móveis, no século XV, teve grandes consequências na conservação e transmissão da música feita a partir deste período.[24]
Entre os intrumentos de corda típicos do período antigo estão a harpa, o alaúde, a viela e o saltério, enquanto instrumentos de sopro incluíam a família da flauta (incluindo a flauta doce), a charamela (um membro antigo da família do oboé), o trompete e a gaita de foles. Alguns órgãos existiam, porém estavam em sua maioria restritos a igrejas, embora existissem variantes razoavelmente portáteis.[25] Posteriormente, ao fim do período, começaram a surgiram versões antigas dos instrumentos de teclado, como o clavicórdio e o cravo. Instrumentos de corda como a viola da gamba também começaram a aparecer no século XVI, juntamente com uma ampla gama de instrumentos de metais e madeiras. A impressão permitiu a padronização das descrições e das especificações destes instrumentos, juntamente com uma maior difusão das instruções de seu uso.[26]
Em termos de características musicais, durante o período da chamada música renascentista, no século XIII, começa-se a repetição de melodias inteiras e surge a notação métrica, abandonando-se os ritmos medievais. Em substituição ao sistema modal surgem as tonalidades maiores e menores. Surge o cromatismo e aumenta-se o uso de instrumentação. um dos principais estilos da época foi o madrigal.
[editar]Período da prática comum
O chamado período da prática comum ocorreu quando a maior parte das ideias que pautam a música clássica ocidental tomou forma, foi padronizada e codificada. Iniciou-se com o período barroco, que vai aproximadamente de 1600 até a metade do século XVIII; seguiu-se o período clássico, que terminou aproximadamente em 1820, com o advento do período romântico, que percorreu todo o século XIX e terminou por volta de 1910.
[editar]Período barroco
Ver artigo principal: Música barroca
A música barroca caracteriza-se pelo uso de complexos contrapontos tonais e pelo uso de uma linha contínua de baixo. Os inícios da forma sonata foram estabelecidos na canzona, bem como uma noção mais formal de tema e variações. As tonalidades maior e menor também tomaram forma como meio de administrar a dissonância e o cromatismo na música.[27]
Durante o período, a música tocada em instrumentos de teclado, como o cravo e o órgão tornaram-se gradativamente mais populares, e a família de instrumentos de corda do violino assumiu a forma pela qual é conhecida hoje. A ópera, uma forma de drama musical sobre o palco, começou a se diferenciar das outras formas musicais e dramáticas, e outras formas vocais como a cantata e o oratório também se tornaram mais comuns.[28] Grupos instrumentais passaram a ficar cada vez mais diversificados, e suas formações foram se padronizando; surgiram os grandes grupos de músicos, as primeiras orquestras, e a música de câmara, composta para grupos menores de instrumentos, onde cada parte era executada por um instrumento individual, no lugar de um grupo de instrumentos semelhantes. O concerto, como veículo para uma performance solo acompanhada de uma orquestra, tornou-se extremamente difundido - embora a relação entre solista e orquestra ainda fosse relativamente simples. As teorias em torno do temperamento igual começaram a ser postas em prática, na medida em que possibilitavam uma amplitude maior de possibilidades cromáticas em instrumentos de teclado de difícil afinação. O temperamento igual possibilitou, por exemplo, a composição do Cravo Bem Temperado, de Johann Sebastian Bach.[29]
[editar]Período clássico
Ver artigo principal: Período clássico (música)


Retrato de Mozart
O período clássico, que vai de cerca de 1750 a 1820, estabeleceu muitas das normas de composição, apresentação e estilo do gênero. Foi durante este período que o piano se tornou o principal instrumento de teclado. As forças básicas necessárias para uma orquestra tornaram-se razoavelmente padronizadas (embora viessem a crescer à medida que o potencial de uma gama maior de instrumentos passou a ser desenvolvido nos séculos seguintes). A música de câmara cresceu e passou a abranger grupos com 8 ou até 10 músicos, em serenatas. A ópera continuou seu desenvolvimento, com estilos regionais evoluindo paralelamente na Itália, na França e nos países de fala alemã, e a ópera-bufa, ou ópera cômica, conquistou maior popularidade. A sinfonia despontou como forma musical, e o concerto foi desenvolvido até se tornar um veículo para demonstrações de virtuosismo técnico dos instrumentistas. As orquestras dispensaram o cravo (que fazia parte do tradicional continuo, no estilo barroco) e passaram a ser regidas pelo primeiro-violino (conhecido como o spalla).[30]
Instrumentos de sopro se tornaram mais refinados durante o período clássico. Enquanto instrumentos de palheta dupla como o oboé e o fagote eram razoavelmente padronizados no barroco, a família da clarineta, de palheta simples, não eram utilizados com frequência até que Mozart ampliasse o seu papel nos contextos orquestrais, de câmara e de concerto.
O Classicismo na música é caracterizado pela claridade, simetria e equilíbrio, seu período coincidiu com o Iluminismo, que enfatizava a razão e a lógica.
Como já foi dito, a "música clássica", propriamente dita, corresponde a um período da história da música, também referido como Classicismo vienense. Alguns autores preferem escrever, para evitar confusões, música Clássica (com o C maiúsculo) para referir-se a música Erudita composta no período do Classicismo.
[editar]Período romântico
Ver artigo principal: Período romântico (música)
A música do período romântico, que vai aproximadamente da segunda década do século XIX ao início do século XX, caracterizou-se por uma atenção cada vez maior a uma linha melódica extensa, assim como elementos expressivos e emotivos, paralelando o Romantismo nas outras formas de arte. As formas musicais começaram a se distanciar dos moldes usados na era clássica (mesmo aqueles que já haviam sido codificados), e surgem peças em forma livre como noturnos, fantasias e prelúdios, ao mesmo tempo em que as ideias preconcebidas a respeito da exposição e do desenvolvimento destes temas passaram a ser minimizadas ou mesmo ignoradas.,[31] p. 200</ref> A música tornou-se mais cromática, dissonante, com tonalidades mais coloridas e um aumento nas tensões (no que diz respeito às normas aceitas pelas formas anteriores) envolvendo as armaduras tonais.[32] A canção de arte (ou Lied) amadureceu neste período, bem como as proporções épicas da grand opéra, que culminaram com o Ciclo dos Aneis, de Richard Wagner.[33]


Pintura de Josef Danhauser imaginando uma reunião com Liszt ao piano cercado de amigos: Alexandre Dumas, George Sand, Marie d'Agoult; em pé, Hector Berlioz ou Victor Hugo, Niccolò Paganini e Gioachino Rossini


Karlheinz Stockhausen em 1994 com um equipamento para criação de música eletrônica
No século XIX, as instituições musicais saíram do controle dos patronos ricos, à medida que os compositores e músicos podiam construir vidas independentes da nobreza. Um crescente interesse pela música por parte das classes médias por toda a Europa ocidental incentivou a criação de organizações dedicadas ao ensino, performance e preservação da música. O piano, que atingiu sua forma atual neste período (graças, em parte, aos avanços industriais da metalurgia) tornou-se imensamente popular entre essas classes média, e a demanda pelo instrumento fez surgir um grande número de fabricantes do instrumento. Muitas orquestras sinfônicas datam deste período;[34] alguns músicos e compositores da época tornaram-se verdadeiras estrelas em seus respectivos campos, e alguns, como Franz Liszt e Niccolò Paganini, chegavam mesmo a sê-lo em ambos.[35]
A família de instrumentos utilizada na música clássica, especialmente pelas orquestras, cresceu. Um número maior de instrumentos de percussão apareceu, e os metais assumiram papeis de maior relevância, à medida que a introdução das válvulas rotativas aumentou a amplitude de notas que podiam alcançar. O tamanho da orquestra, que era composta tipicamente por 40 músicos durante o período clássico, foi expandido, chegando a mais de 100 indivíduos.[36] A Sinfonia dos Mil, de Gustav Mahler (1906), por exemplo, já foi executada por uma orquestra com mais de 150 instrumentistas, e um coro de mais de 400 cantores.
As ideias e instituições culturais europeias passaram a seguir a expansão colonial para diferentes partes do mundo. Houve um aumento, especialmente no final do período, das ideias nacionalistas na música (ecoando, em alguns casos, os sentimentos políticos da época); compositores como Edvard Grieg, Nikolai Rimsky-Korsakov e Antonín Dvorák ecoaram a música tradicional de suas pátrias em suas composições.[37]
[editar]Períodos moderno e contemporâneo
Ver artigo principal: Música clássica do século XX
O período moderno se iniciou com a música impressionista, de 1910 a 1920, dominada por compositores franceses (em oposição ao domínio existente até então dos alemães na arte e, principalmente, na música). Compositores impressionistas como Erik Satie, Claude Debussy e Maurice Ravel usavam escalas pentatônicas, um fraseado longo e ondulante, e ritmos livres. O modernismo (1905 - 1985) marcou um período no qual diversos compositores rejeitaram determinados valores do período da prática comum, tais como a tonalidade, a melodia, a instrumentação e a estrutura tradicionais. Compositores, acadêmicos e músicos desenvolveram extensões da teoria e da técnica musical. A música clássica do século XX engloba uma ampla variedade de estilos pós-românticos, inclui os estilos de composição do romântico tardio, expressionista, modernista e pós-modernista, e a música de vanguarda. O termo "música contemporânea" costuma ser utilizado para descrever a música composta no fim do século XX até os dias de hoje.
[editar]Relacionamento com a música popular


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A relação entre a música erudita e a música popular é uma questão polêmica (principalmente o valor estético de cada uma). Os adeptos da música erudita reclamam que este gênero constitui arte (e, por isso é menos vulgarizada) enquanto que a música popular é mero entretenimento (o que implica um público mais numeroso). Contudo, muitas peças musicais da chamada música pop, do rock ou outro gênero denominado "ligeiro" são, reconhecidamente, peças de elevado valor artístico (e, curiosamente, chamadas também de "clássicos", como a música dos Beatles, Genesis, de Jacques Brel, Edith Piaf e Billie Holiday, enquanto que algumas peças de música erudita se tornam datadas, consideradas de mau gosto (consoante as épocas, podendo mais tarde ser recuperadas, ou não) ou, mesmo, tornarem-se populares, ao serem incluídas em filmes ou anúncios publicitários, por exemplo. Quase toda a gente conhece e chega a trautear algumas melodias de música erudita, mesmo sem saber quem foi o compositor. É comum, por exemplo, associar árias de ópera com momentos desportivos (no futebol, por exemplo, em que a ária "Nessun dorma" da Turandot é explorada até à exaustão).
Pode-se argumentar que a música erudita, em grande parte, mas nem sempre, tem como característica uma maior complexidade. Mais especificamente, a música erudita envolve um maior número de modulações (mudança da tónica), recorre menos à repetição de trechos substanciais da peça musical (na música popular o refrão é comum), além de recorrer a um uso mais vasto das frases musicais, que não são limitadas por uma extensão conveniente para a sua popularidade entre o público (ou seja, que permita à música "entrar no ouvido" ou seja, na memória). Na música erudita, o minimalismo vai contra estas tendências que se acabaram de aplicar. No entanto, é normal que a música erudita permita a execução de obras mais vastas em termos de duração (variando de meia hora a três horas), usualmente divididas em partes mais pequenas (os "movimentos"). Também aqui existem excepções: as miniaturas, as bagatelas e as canções (como as de Schubert).


Representação da ópera Turandot, de Puccini, no Luna Park, Buenos Aires
A música popular pode no entanto ser bastante complexa em diferentes dimensões. O jazz pode fazer uso de uma complexidade rítmica que não acontece numa larga maioria de obras clássicas. A música popular pode recorrer também a acordes complexos que destoariam (ou não, mas, em todo o caso são pouco usados) numa peça erudita. A verdade é que aquilo a que se chama de música erudita é um campo de uma vastidão enorme, difícil de espartilhar numa ou noutra regra.
A escolha dos instrumentos utilizados para a execução das obras também pode diferir muito. Na música erudita se utilizam instrumentos acústicos, não elétricos, e que foram, na sua maioria, inventados antes de meados do século XIX, ou muito antes disso. Consistem, essencialmente, nos instrumentos que fazem parte de uma orquestra, em conjunto com alguns instrumentos solistas (o piano, a harpa, o órgão…). Na música popular (pelo menos na moderna), a guitarra eléctrica tem um grande protagonismo, enquanto que quase não existe o seu uso por parte de compositores de música erudita, mesmo por parte dos compositores contemporâneos. Entretanto, os dois gêneros vão experimentando instrumentos eletrônicos e elétricos (como o sintetizador, a banda magnética…) bem como instrumentos de outras culturas até agora afastadas da tradição musical ocidental (como o conjunto de instrumentos de percussão orientais chamados de gamelan).
Outra especulação interessante é saber se as peças de música popular continuarão a ser ouvidas, ao longo do tempo, permanecendo tanto quanto as peças de música erudita. Enquanto que estas permaneciam devido à sua natureza escrita, a música popular (bem como as interpretações individuais das obras clássicas) tem hoje à sua disposição os registros gravados em suporte de qualidade. Se é certo que algumas peças de música popular que eram sucessos enormes há poucos anos atrás já estão praticamente esquecidos, a verdade é que também muitas peças musicais ditas eruditas deixam de fazer parte do repertório das orquestras, reaparecendo pontualmente, quando algum intérprete as "descobre". Os adeptos da música erudita podem acreditar que o seu gênero tende mais para a intemporalidade. No entanto, muitos artistas populares poderão permanecer e ganhar o estatuto de músicos de culto. Ainda que quando alguém ouve música popular relativamente antiga (de algumas décadas atrás) se utilize mais a expressão "nostalgia" por algo passado, que não pertence ao presente; sentimento que raramente se encontra entre os adeptos da música erudita. Só o tempo poderá demonstrar qual a música que permanecerá. Erudita ou popular, a qualidade de cada uma estará sempre sujeita à avaliação subjectiva dos ouvintes do futuro.
[editar]Papel da música erudita na educação


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Ao longo da história da civilização ocidental, as famílias mais abastadas tinham frequentemente a preocupação de que os seus filhos fossem instruídos na música erudita desde cedo. Uma aprendizagem precoce de interpretação musical abre caminho a estudos mais sérios em idades mais avançadas. É quase impossível aprender a tocar, a um nível profissional, alguns instrumentos, como o violino, se não for desde tenra idade. Outros pais querem que os filhos aprendam música por razões de estatuto social (as meninas aprendiam a tocar piano, no século XIX - o que fazia, quase, parte do dote) ou para incutir auto-disciplina. Existem estudos que parecem comprovar uma melhoria no rendimento académico das crianças que aprendem música. Outros consideram que conhecer as grandes obras da música erudita é uma obrigação cultural, fazendo parte da chamada "cultura geral" mais ou menos elevada, mas geralmente valorizada em termos sociais.
Diversos compositores eruditos apresentaram abordagens para a educação musical. O alemão Carl Orff propôs o instrumental Orff, um método para que crianças pudessem aprender música. Tal método usa formas rudimentares de atividades diárias para jovens, como cantar em grupo, praticar rimas e tocar instrumentos de percussão. É baseado amplamente na improvisação e em construções tonais originais para que a pessoa ganhe confiança e interesse no processo de pensar criativamente.
Referências

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↑ The economic importance of music in the European Union (em inglês). icce. Página visitada em 23 de outubro de 2009. A obra ("A importância econômica da música na União Europeia") inclui comparações do número de concertos, salas de concerto e músicos empregados pelas músicas clássica e popular.
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[editar]Bibliografia

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Sadie, Stanley, Jorge Zahar Ed., Dicionário Grove de música: edição concisa, Rio de Janeiro: 1994. ISBN ISBN 85-7110-301-1
[editar]Ver também


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Lista de compositores de música erudita
[editar]Termos associados
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